07/09/2016

Escutei certa vez: "Você cria seu filho numa redoma de vidro, deixa ele ser livre." E fiquei imaginando o que seria deixar "ele ser livre."
E, em uma análise profunda das minhas atitudes com meu filho cheguei a seguinte conclusão:
Talvez eu o superproteja mesmo, quando o ensino a respeitar o papai e mamãe e a pedir benção, ou mesmo quando o ensino a separar os brinquedos para dar as crianças menos favorecidas no Natal, criando nele um espírito altruísta.
Ou quando me sento com ele no chão com toda minha superproteção e leio contos infantis fazendo-o viajar num mundo de inocência e fantasias.
Talvez eu o superproteja quando eu converso com ele quando ele erra, ao invés de agredí-lo física e verbalmente "para corrigí-lo."
Talvez esteja superprotegendo quando o ensino a cozinhar e depois a lavar a louça que sujou, ao invés de deixá-lo fazer o que bem quiser.
Talvez esteja superprotegendo-o quando o levo à missa todos os sábados e ensino-o à rezar e ter fé em Deus, ao invés de levá-lo as festas de adultos regadas de bebidas e conversas que não convém a qualquer criança.
Talvez eu o superproteja quando ajoelho ao seu lado antes de dormir e rezamos juntos agradecendo ao dia que passou e quão afortunados somos,
ao invés de apenas mandá-lo dormir.
Talvez eu o superproteja quando ensino a ter uma alimentação saudável, comer legumes e frutas, ao invés de dar chocolate e refrigerante às 10 horas da noite.
Talvez seja porque eu ensino o que é certo e errado e o repreendo nos erros cometidos, ao invés de rir e achar "bonitinho" seus erros.

Sim. Acho que sou um PAI superprotetor. E cuido exageradamente do meu filho, e venero exageradamente. Mas qual pai que ama não o faz? Qual pai não despende tanto amor no cuidado com os filhos? Como julgar quem superprotege enquanto a tantos filhos abandonados por ai? Filhos órfãos de pais vivos.
Sim. Prefiro superprotegê-lo e tê-lo dentro da minha redoma de vidro que é doce como o mel do que tê-lo criado a vontade do acaso.
E sinceramente, espero que minha redoma de vidro nunca se quebre...
Que nunca falte cuidado...
Que nunca falte amor em excesso para educá-lo...
Amá-lo...
Por: Luis R. Lima

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